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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011 RESPEITE OS DEFICIENTESNós também gostaríamos de tudo isso! Eu acredito na máxima de Aristóteles, sobre o princípio da igualdade: "tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida em que eles se desigualam". Rascunhado por Rascunhos em Vida às 08:25 0 Comentários VELEIRO Waldo Luís Viana "Fui teu pai, Quando estavas aflita, E teu irmão, Nas horas de consumação brutal, E teu amigo, Pus-me inteiro a te acusar E navegante, Amante fui, veleiro teu E linha do horizonte." DO livro "LUZ MORTIÇA" (2002), Rio de Janeiro, Ed. Nihil Obstat. Respeitem os Direitos Autorais Rascunhado por Rascunhos em Vida às 22:16 0 Comentários De tanto olhar o sol Miguel Torga De tanto olhar o sol, queimei os olhos, De tanto amar a vida enlouqueci. Agora sou no mundo esta negrura. À procura Da luz e do juízo que perdi. Rascunhado por Rascunhos em Vida às 22:01 0 Comentários
ANOTA AI PARA 2012 :
Desapegar de certas pessoas Não se abalar com picuinhas Dar valor a quem realmente merece Ficar ao lado de quem acrescenta... Afastar de quem te suga energia Gostar SÓ de quem gosta realmente de você Correr atrás de tudo aquilo que faça seu coração vibrar e você estremecer Se amar mais e mais Pensar mais em você do que em outras pessoas Viver sua vida como se não houvesse amanhã Simplificar mais em vez de complicar Deletar tudo e todos aqueles que te fizeram mal Enfim....... viver mais intensamente que nunca.... Rascunhado por Rascunhos em Vida às 21:44 0 Comentários "Nunca te arrependas de um dia de tua vida.Os bons dias te dão felicidade.Os maus te dão experiência.Ambos são essenciais para a vida.A felicidade te faz doce.Os problemas te mantêm forte.As penas te mantêm humano.As quedas te mantêm humilde.O bom êxito te mantém brilhante.Mas, só Deus te mantém caminhando...".
Rascunhado por Rascunhos em Vida às 21:25 0 Comentários Enterrem seus mortos Joe'A Não os deixe se decompor Sem dignidade, sem respeito Deixe-os prontos, para na Natureza Dar vida, ganhar beleza de uma nova vida Seja em que forma for Que a Natureza os conceber E a vida assim os perpetuar Na eternidade Material ou espiritual Assim como, enterre todos outros mortos Qualquer que seja o desenlace Seja de ordem emocional Seja de ordem sentimental... Somente existe o Amor Como entidade eterna, Pode nem parecer Mas é um “Ser” imortal Liberte seja quem for seja o que for, inclusive um amor acabou Para nos seus caminhos prosseguir na ordem natural Universal Se não houver essa Liberdade O condenado será você, e não não vai Viver, convivendo com os sentimentos mortos Com a matéria decomposta, vai fenecer Sem a vida viver ate que chegue e assim, deteriorando existir Liberte, os solte, os enterre Que para sempre livre viverá Com sua mente aberta, solta Sua imaginação voar Seu coração amar E assim cada dia mais , florescer... Seus sonhos, suas emoções, suas sensações vibrarão Sua vida de amor brilhará Iluminando , assim, seu Ser!!! Rascunhado por Rascunhos em Vida às 21:06 0 Comentários Nosso Natal No dia de natal, em volta da mesa Seja onde for, com vocês eu estarei Encostando meu rosto , que beija Cada um, que amo e que amei. O corpo físico é apenas uma capa Que lá na campa eu depositei. Mas o meu EU, é sempre, nunca passa Com ele eu vivo e viverei. Mesmo que a dor dê seu recadinho. Não se esqueçam da harmonia e da união. Nossa família é sempre o meu caminho É preciso muita paciência e compreensão. Queridos meus, o meu abraço apertado Lavado com a mais santa emoção Me sintam, eu estou ali do lado, Amarrado em cada coração. Zilca minha amada, troque a tristeza, Não se prenda aos tempos já passados. Teremos muitos dias, em nova mesa, Como amantes, como amigos, enamorados. Andinho ( Fernando ) Gja, 23/12/2011 ( Fernando José Tricrri; Psicografado por Marisa Cajado em 23/12/2011 ) Art e Formatação: Zilca P. Tricerri
Rascunhado por Rascunhos em Vida às 17:50 0 Comentários terça-feira, 27 de dezembro de 2011 Quero alguém por inteiro... Lila Martins Quero alguém por inteiro... Juntar cacos cansa, e machuca. Quero alguém só pra mim, pro meu mundo. Quero alguém verdadeiro... Interesses profanos...
Quero sentir que no cheiro também há o meu. Que na saliva há meu gosto... Na pele meu suor.. Quero a toda hora ... mas respeitando as diferenças... Quero os sorrisos, e enxugar as lágrimas... Quero dar colo quando estiver com medo Quero o respeito quando o medo for meu... Mesmo o de perder... Pois sempre restará a possibilidade... Mas haverá também a compreensão... Não quero metade sua, nem metade minha. Quero que sejamos um só! Rascunhado por Rascunhos em Vida às 22:46 0 Comentários Aviso para quem visitar minha casa 1. Seja bem-vindo. 2. Lembre-se de que os cachorros vivem aqui. Você não. 3. Se você não quer pêlos de cachorros em suas roupas, fique longe dos móveis. 4. Sim, os cachorros têm hábitos desagradáveis. Eu também, assim como você. E daí?! 5. CLARO que eles cheiram a cachorros. Já percebeu como nós, humanos, cheiramos ao final de um dia de trabalho? Coloque-se no lugar de alguém que tem um olfato 400 vezes mais sensível que o seu e sempre o receberá com explosões de carinho no retorno ao lar. 6. É da natureza deles tentar cheirar você. Por favor, sinta-se à vontade para cheirá-los também. 7. Se existisse algum risco dos cachorros mordê-lo, eu não os deixaria se aproximar de você. Porém, não posso impedi-los de responder a agressões, as quais podem ocorrer até em pensamento, seja para com eles, seja para comigo a quem devotam fidelidade. Os cachorros percebem, tenha certeza. 8. Você já tentou beijar alguém e recebeu em troca um empurrão? Se um cachorro tentar lambê-lo é porque aprova sua presença e quer demonstrar isso carinhosamente a você; e lembre-se de que cachorros não mentem ou fingem. 9. Aqui cachorros recebem devidos cuidados veterinários, alimentação sadia e cuidados higiênicos. Sua companhia é altamente recomendada pelos médicos, e a maioria das doenças que contraímos ao longo da vida com certeza nos são transmitidas por outros humanos. 10. Há diversas situações nas quais cachorros são preferíveis a pessoas. Afinal de contas, sempre podemos confiar inteiramente em sua fidelidade e sinceridade. 11. Para alguns eles são simples cachorros. Para mim são filhos adotivos que andam de quatro e não falam tão claramente. Eu não tenho problema em nenhum desses pontos. E você? 12. Volte sempre que quiser, pois será bem-vindo. Até pelos cachorros. Eles são mais sensíveis que nós, bastando se aproximarem para distinguir com clareza verdadeiros amigos de pessoas falsas. Rascunhado por Rascunhos em Vida às 22:33 0 Comentários "Cuidado com as ilusões mocinha, profundas e enganosas feito o mar..." CF
Rascunhado por Rascunhos em Vida às 22:29 0 Comentários AMARRAS (A vida de nós mesmos) (Onorato Ferreira Lima Filho) Nas amarras da vida, aprisionamos nossos corações, Nas amarras da vida, aprisionamos nossas emoções; Nas amarras da vida, aprisionamos nossas razões. Quantas vezes nos debatemos para nos libertarmos, Quantas vezes encontramos subterfúgios em busca do amor, Quantas vezes a vida nos afronta e nos dá amores perdidos., fragilizados, inconsistentes e vazios. Quantas vezes essa mesma vida nos arrebata dos amores certos, Tornando vazios nossos corações... Faz-nos buscá-lo ao âmago e confundir nossos desejos, Tornando-nos seres perplexos, perdidos, castigados., Ás penas desse sentimento. Aí, tornamos pedra bruta nossas emoções, Amarramos nossos corações com amarras de aço., Aprisionamos nossas emoções nos calabouços de nossa alma., E passamos a viver exclusivamente sob o domínio da razão. Razão esta que nos faz frios, Razão esta que nos aprisiona no nosso próprio “eu" ., Então, deixamos de amar, Passamos a ter medo do amor., Passamos pela vida como sombras de aves vagantes., Nômades, transeuntes de uma vida sem sentido. E, quando pensamos tardias nossa repudia, Nossos olhos ainda nos despertam., Fazendo-nos buscar na redoma de nossa alma, O refúgio lúcido do amor divino., E então, lá no pélago de nossa vida, ainda vemos uma luz., A luz dos olhos da vida que se faz em corpo, Cobrindo este corpo com as vestes talares do juízo. E, nos seus braços alongados (da justiça), Traz em sua destra o gesto e o tom ecoante da liberdade., Nos libertando, ao final, de nossas amarras. Então, volvemos a tez para o infinito de nossa estrada.,
E descobrimos que a vida é apenas o condutor de nossa existência É apenas a vida de nossa própria vida, Que caminha, aprisionada ou livre, porém, Sujeita às intempéries e infortúnios do pulsar involuntário, dessa sofrida alma, a qual, um dia se libertará dessas amarras e caminhará sob a plenitude da liberdade para amar. Rascunhado por Rascunhos em Vida às 22:14 0 Comentários Algoz
veloz Selvagem, elegante Voo errante Em busca do Sol Domina o céu Poder pujante Olho feroz Mágico, vigilante Avista a presa Prepara o ataque Alado algoz Garras de aço Afiadas, penetrantes Não teme a noite Caça e mata Totem adorado Símbolo de força Matador atroz Rascunhado por Rascunhos em Vida às 21:42 0 Comentários Let Me Try Again I know I said that I was leaving But I just couldn't say good-bye It was only self-deceiving To walk away from someone who Means everything in life to you You learn from every lonely day I've learned and I've come back to stay Let me try again Let me try again Think of all we had before Let me try once more We can have it all, You and I again Just forgive me, Or I'll die Please let me try again I was such a fool to doubt you To try to go it all alone, There's no sense to life without you, Now all I do is just exist And think about the chance I've missed To beg is not an easy task But pride is such a foolish mask Let me try again Let me try again Think of all we had before Let me try once more We can have it all, You and I again Just forgive me, Or I'll die Please let me try again ********************** Deixe-me Tentar de Novo Eu sei que disse que estava partindo Mas eu simplesmente não poderia dizer adeus Foi apenas meu enganando Caminhar para longe de alguém que Significa tudo na Terra pra você Você aprende com cada dia solitário Eu tenho aprendido, e agora estou de volta pra ficar Deixe-me tentar de novo, deixe-me tentar de novo Pense em tudo o que tivemos antes, deixe-me tentar mais uma vez Nós podemos ter tudo, você e eu novamente Simplesmente me perdoe ou eu morrerei, por favor deixe-me tentar de novo Eu fui um completo tolo ao duvidar de você Ao tentar fazer tudo sozinho Não há sentido algum em viver sem você Agora tudo o que faço é apenas existir E pensar na chance que perdi Implorar não é uma tarefa fácil Mas o orgulho é uma máscara completamente tola Deixe-me tentar de novo, deixe-me tentar de novo Pense em tudo o que tivemos antes, deixe-me tentar mais uma vez Nós podemos ter tudo, você e eu novamente Simplesmente me perdoe ou eu morrerei, por favor deixe-me tentar de novo Rascunhado por Rascunhos em Vida às 19:58 0 Comentários (Clarice Lispector)
Rascunhado por Rascunhos em Vida às 21:22 1 Comentários
Sopre as Cinzas
Silvia Schmidt Quem feriu você já feriu e já passou. Lá na frente encontrará o inevitável retorno e pelas mãos de outrem será ferido também. A Vida se encarregará de dar-lhe o troco e você, talvez, nem jamais fique sabendo. O que importa de verdade é o que você sentiu e, mais importante, é o que ainda você sente: Mágoa? Rancor? Ressentimento? Ódio? Você consegue perceber que esses sentimentos foram escolhidos por você? Somos nós que escolhemos o que sentir diante de agressões e de ofensas. Quem nos faz o " mal " é responsável pelo que faz, mas NÓS somos responsáveis pelo que sentimos. Essa responsabilidade tem a ver com o Amor que devemos e temos que sentir por nós mesmos. O ofensor fez o que fez e o momento passou, mas o que ficou aí dentro de você? Mágoa? - Você sabia que de todas as drogas ela é a mais cancerígena? Pela sua própria saúde, jogue-a fora. Rancor? - Ele é como um alimento preparado com veneno irreconhecível: dia mais, dia menos, você poderá contrair doenças de cujas origens nem suspeitará. Ressentimento? - Pois imagine-se vivendo dentro de um ambiente constantemente poluído, enfumaçado, repleto de bactérias e de incontáveis tipos de vírus: é isso que seu coração e seus pulmões estão tentando aguentar. Até quando você acha que eles vão resistir? Ódio? - Seus efeitos são paralisantes. Seu sistema imunológico entrará em conflito com esse veneno que com o tempo poderá colocar você face a face com a morte e talvez muito tarde você venha a perceber que melhor seria ter deixado que seu agressor colhesse os frutos do próprio plantio. Por seu próprio Bem e só pelo seu Bem, perdoe. O perdão o libertará e o fará livre para ser feliz. Esqueça o " mal " que lhe foi feito. Deixe que seu ofensor lembre-se dele através das consequências com que, certamente, virá a arcar. Mude seu destino ... seja o comandante da sua nau! Escolha o melhor caminho para sua " viagem ".... e se outras vezes o ferirem, perdoe ... Perdoe ... nem que seja só por sacanagem ! No livro " Sorte É Prá Quem Quer " Rascunhado por Rascunhos em Vida às 19:31 0 Comentários Queria muito a sua opinião... Papai Noel é um gato, você não acha ? Rascunhado por Rascunhos em Vida às 19:20 0 Comentários Simplesmente ser Eu tenho cada vez mais menos respostas, mas também tenho cada vez mais menos perguntas. Disso eu não duvido: tenho cada vez mais menos certezas. Quanto mais o tempo passa, eu fico menos à vontade para alimentar dores e com muito mais preguiça de sofrer. Quanto mais o tempo passa, menos faço por onde adiantar a morte, mais tento fazer por onde aproximar a vida. Coisas que já me importaram à beça já não me importam nem um pouco, enquanto aquilo que essencialmente sempre teve importância me importa, agora, com mais nitidez. Como deve acontecer com outros tantos aprendizes da coragem, às vezes,cansadíssima das lições e do método pedagógico, eu recordo que a covardia,pelo menos na aparência, é bem mais fácil, bem menos trabalhosa e, claro,bem mais egoísta, eu já estive lá com muito mais frequência. Mas aí, justo neste ponto, costuma acontecer algo bem bonito: também recordo de cada flor que veio à tona só porque tive coragem de cuidar da semente. Só porque não me acovardei, mesmo que tantas vezes com todo medo do mundo. Ana Jácomo.
Rascunhado por Rascunhos em Vida às 12:29 0 Comentários SONHO E ESPERA
Fez-se um círio votivo e deixou-se consumir, na chama bruxuleante que lhe gastou o combustível. Anelava por encontrar o amor, e, ao invés de investir na vida, recuou para a consumpção da alegria, sem dar-se conta que a noite salpicada de estrelas anuncia o sorriso do dia no rosto do amanhecer. Por isso, enquanto haja esperança de amor e permaneça a vibração da ternura nos corações, quem ama se deve repartir em serviço, aguardando que chegue o Sol da plenitude, que nunca falta. Sonha, portanto, doce e benfazeja expectativa de ventura, atapetando com flores de laranjeira o chão da tua choupana de abnegação, a fim de que os pés do Amado pousem suavemente junto aos teus, quando Ele descer da carruagem de plumas e guizos à tua porta e pedir-te para entrar, dominando o recanto do teu coração, aquele lugar que tens guardado para Ele.
Livro: Pássaros Livres Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Rabindranath Tagore Rascunhado por Rascunhos em Vida às 09:43 0 Comentários
"Amor é bicho instruído
Olha: o amor pulou o muro o amor subiu na árvore em tempo de se estrepar. Pronto, o amor se estrepou. Daqui estou vendo o sangue que escorre do corpo andrógino. Essa ferida, meu bem às vezes não sara nunca às vezes sara amanhã." (Carlos Drummond de Andrade) Rascunhado por Rascunhos em Vida às 12:50 0 Comentários Fico bêbada de sono, sou viciada em chocolate. Choro de tanto rir. Me mato de tanta curiosidade. Abandono coisas ruins. Mudo só se for para melhor. Cuido do que amo. Tomo banho de chuva. Faço shows durante o banho. Planejo conversas que nunca serão ditas. Me imagino em filmes. Imagino situações que me trazem facilmente um belo sorriso no rosto. Sou indecisa e determinda. Estranho não é? Vivo me contradizendo… Mudo tantas coisas, menos o meu caráter. Mas quer saber de uma coisa? Eu sou feliz assim.
Rascunhado por Rascunhos em Vida às 12:17 0 Comentários No dia 21 de dezembro de 1980:A alma imortal de Nelson Rodrigues "A única coisa que me mantém de pé é a certezada alma imortal. Eu me recusoa reduzir o ser humano à melancoliado cachorro atropelado. Que pulhas seríamos se morrêssemos com a morte!" **************************** Nelson Rodrigues acreditava na posteridade. E sempre desejou por ela ser avaliado. Não apenas como autor literário, mas sobretudo como personagem, já que nele o personagem freqüentemente sobrepujava o homem que viveu debruçado sobre a máquina de escrever. Vítima de insuficiência vascular cerebral, após sete paradas cardíacas e do implante de um marca-passo, saiu de cena com a vontade atendida. Admirado, temido, respeitado, aplaudido e vaiado, é um dos mais discutidos intelectuais de sua geração. Sempre polêmico, tinha consciência de suas contradições, e acreditava que na posteridade seria lembrado por elas. Contradição, por exemplo, de ser moralista e provocar escândalos com sua aparente amoralidade. Ou de ser um puro que se encantava com o pecado. Pernambucano de Recife, nasceu em 1912 numa família de muitos irmãos, onde todos, ou quase todos, tinham inclinação pela arte de escrever. Dono de grande capacidade de memorização, foi na reunião dessas habilidades que construiu sua obra literária, onde mostra uma fixação, partilhada com os seus personagens, por valores e costumes arcaicos. As inspirações no mundo particular. Os conflitos vividos ou presenciados na experiência pessoal de Nelson Rodrigues constituíam a inspiração para suas histórias, que retratam pequenos acontecimentos cotidianos sob uma ótica irônica e satírica, no contexto de uma sociedade suburbana, endógena e estagnada, oposta às transformações que movia o mundo ao redor. Expôs mazelas e vilanias escondidas na maioria das pessoas. Fez comédia desses dramas, revelando o demônio escondido que cada um procura ocultar até de si próprio, em nome da aparência convencionada pelos padrões estabelecidos. Seu pessimismo diante da vida e da alma humana, presença marcante em sua obra, era herança de suas próprias experiências. Perdeu um irmão assassinado, outro em um desabamento de um prédio e um outro de tuberculose. Teve uma filha cega, surda e muda. E viu o filho mais velho, Nelsinho, ser perseguido e preso durante a Ditadura de 1964. Nelson Rodrigues começou os estudos aos sete anos, em 1919, na escola pública Prudente de Morais. Tinha a leitura como principal passatempo. Também vem desde esse período a paixão pelo Fluminense. Em 1922, a família melhorou de situação financeira e mudou-se para o bairro da Tijuca. Em 1926, Nelson foi expulso do Colégio Batista por "rebeldia". Começou no batente jornalístico, aos 13 anos e meio, no jornal "A Manhã", fundado pelo pai. Tinha uma capacidade impressionante de dramatizar pequenos acontecimentos policiais. Mas a pior cena de violência foi presenciada aos 17 anos: viu um de seus irmãos, Roberto, um tiro em plena redação e morrer.A tragédia abalou toda a família. Menos de três meses depois, o pai morreu de derrame cerebral. Em dificuldade financeira, eles perdem o jornal. Nelson e os irmãos foram, então, trabalhar em outros periódicos. Em 1934, pegou tuberculose. Foi para Campos do Jordão se tratar. Dois anos depois, perdeu mais um irmão, Joffre, de 21 anos, vítima da doença que Nelson acreditava ter sido o transmissor.Como jornalista, também trabalhou como cronista esportivo. Autor de frases do tipo "Nem toda mulher gosta de apanhar, só as normais", era considerado um machista-reacionário. Escreveu 17 peças de teatro, nove romances e centenas de contos. Morreu na manhã do dia 21 de dezembro de 1980, aos 68 anos, no Rio de Janeiro. Nesse mesmo dia, havia acertado os 13 pontos na Loteria Esportiva, num bolão com os colegas de "O Globo". Fonte: Jornal do Brasil Rascunhado por Rascunhos em Vida às 23:16 0 Comentários É o braço do abeto a bater na vidraça?
E o ponteiro pequeno a caminho da meta! Cala-te, vento velho! É o Natal que passa, A trazer-me da água a infância ressurrecta. Da casa onde nasci via-se perto o rio. Tão novos os meus Pais, tão novos no passado! E o Menino nascia a bordo de um navio Que ficava, no cais, à noite iluminado… Ó noite de Natal, que travo a maresia! Depois fui não sei quem que se perdeu na terra. E quanto mais na terra a terra me envolvia E quanto mais na terra fazia o norte de quem erra. Vem tu, Poesia, vem, agora conduzir-me À beira desse cais onde Jesus nascia… Serei dos que afinal, errando em terra firme, Precisam de Jesus, de Mar, ou de Poesia ? David Mourão-Ferreira (Lisboa, 1927 – 1996) Rascunhado por Rascunhos em Vida às 22:34 0 Comentários |
Sobre Mim
Navego em um mar de emoções... e vou deixando um rascunho enquanto viva... Passar a limpo? Nem pensar... Agradeço tua visita. Paz profunda!
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Tempo que Foge "Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora.
Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas.
As primeiras, ele chupou displicente,
mas percebendo que faltam poucas,
rói o caroço. Links Amigos
Selinhos Ganhos
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