Rascunhos em Vida: março 2010

 

quarta-feira, 31 de março de 2010


A Prisão de Cada Um
Martha Medeiros
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O psiquiatra Paulo Rebelato, em entrevista para a revista gaúcha Red 32, disse que o máximo de liberdade que o ser humano pode aspirar é escolher a prisão na qual quer viver.

Pode-se aceitar esta verdade com pessimismo ou otimismo,mas é impossível refutá-la.

A liberdade é uma abstração.

Liberdade não é uma calça velha, azul e desbotada, e sim, nudez total, nenhum comportamento para vestir.No entanto, a sociedade não nos deixa sair à rua sem um crachá de identificação pendurado no pescoço.

Diga-me qual é a sua tribo e eu lhe direi qual é a sua clausura.

São cativeiros bem mais agradáveis do que Carandiru (ex-presídio brasileiro de péssimas condições). Para pegar sol, ler livros, receber amigos, comer bons pratos, ouvir música, ou seja, uma cadeia à moda Luis Estevão (parlamentar preso em cela especial), temos que advogar em causa própria e habeas corpus, nem pensar.

O casamento pode ser uma prisão. E a maternidade, a pena máxima ...

Um emprego que rende um gordo salário trancafia você, o impede de chutar o balde e arriscar novos vôos. O mesmo se pode dizer de um cargo de chefia.

Tudo que lhe dá segurança, ao mesmo tempo o escraviza.
Viver sem laços igualmente pode nos reter.

Uma vida mundana, sem dependentes para sustentar, o céu como limite: prisão também.

Você se condena a passar o resto da vida sem experimentara delícia de uma vida amorosa estável,o conforto de um endereço certo e a imortalidade alcançada através de um filho.

Se nem a estabilidade e a instabilidade nos tornam livres, aceitemos que poder escolher a própria prisão já é, em si, uma vitória.

Nós é que decidimos quando seremos capturados, para onde seremos levados. É uma opção consciente.Não nos obrigaram a nada, não nos trancafiaram num sanatório ou num presídio real, entre quatro paredes.

Nosso crime é estar vivo e nossa sentença é branda, visto que outros, ao cometerem o mesmo crime que nós - nascer - foram trancafiadosem lugares chamados analfabetismo, miséria, exclusão..

Brindemos:temos todos cela especial!

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 12:42
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sexta-feira, 26 de março de 2010

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 23:32
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sábado, 20 de março de 2010

O sofrimento dá conta de si mesmo, mas para se tirar partido da felicidade é preciso ter com quem dividi-la.
(Mark Twain)

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 20:51
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domingo, 7 de março de 2010

Vale a pena conferir..

É feita a análise de nosso nome por várias abordagens.

Vejam o significado do seu nome é mui
to interessante.
.

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 12:34
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"É preciso sobreviver para atingir a idade da realização, para ser feliz. Não vale sair antes do jogo terminar."
(Tom Jobim)

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 12:29
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Se não falas

Se não falas, vou encher o meu coração
Com o teu silêncio, e agüentá-lo.
Ficarei quieto, esperando, como a noite
Em sua vigília estrelada,
Com a cabeça pacientemente inclinada.

A manhã certamente virá,
A escuridão se dissipará, e a tua voz
Se derramará em torrentes douradas por todo o céu.

Então as tuas palavras voarão
Em canções de cada ninho dos meus pássaros,
E as tuas melodias brotarão
Em flores por todos os recantos da minha floresta.

RABINDRANATH TAGORE

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 12:17
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Alguns guardam o Domingo indo à Igreja
Eu o guardo ficando em casa
Tendo um Sabiá como cantor
E um Pomar por Santuário.

Alguns guardam o Domingo em vestes brancas
Mas eu só uso minhas Asas
E ao invés do repicar dos sinos na Igreja
Nosso pássaro canta na palmeira.

É Deus que está pregando, pregador admirável
E o seu sermão é sempre curto.
Assim, ao invés de chegar ao Céu, só no final
Eu o encontro o tempo todo no quintal.“

(Emily Dickinson, 10 de Dezembro de 1830 – 15 de Maio de 1886, Amherst, Massachusetts)

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 11:32
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Desfrute de paz.
Clik no link abaixo
.

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 11:17
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Felizes os que sonham: alimentarão a esperança de muitos, e correrão o doce risco de ver um dia os seus sonhos concretizados.
(Dom Hélder Pessoa Câmara)

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 11:09
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Os problemas são despertadores que tentam acordar as pessoas para a Vida...
Sabedoria Indiana

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 10:48
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O Amor e a Verdade estão tão unidos entre si que é praticamente impossível separá-los.
São como duas faces da mesma medalha.
(Mahatma Gandhi)

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 10:32
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sábado, 6 de março de 2010

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 00:33
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sexta-feira, 5 de março de 2010


O Único Defeito da Mulher
.
"Se uma memória restou das festinhas e reuniões de familiares da minha infância, foi a divisão sexual entre os convivas: mulheres de um lado, homens do outro.

Não sei se hoje isso ainda acontece. Sou anti-social ao ponto de não frequentar qualquer evento com mais de 4 pessoas, o que não me credencia a emitir juízos.

Mas era assim que a coisa acontecia naqueles tempos. Tive uma infância feliz: sempre fui considerado esquisito, estranho e solitário, o que me permitia ficar quieto a observar a paisagem.

Bem, depressa verifiquei que o apartheid sexual ia muito além das diferenças anatómicas. A fronteira era determinada pelos pontos de vista, atitude e prioridades.

Explico: no lado masculino imperava o embate das comparações e disputas. "O meu carro é mais potente, a minha televisão é mais moderna, o meu salário é maior, a vista do meu apartamento é melhor, a minha equipe de futebol é mais forte, eu dou 3 por noite" e outras cascatas típicas da macheza latina.

Já no lado oposto, respirava-se outro ar. As opiniões eram quase sempre ligadas ao sentir. Falava-se de sentimentos, frustrações e recalques com uma falta de cerimónia que me deliciava.

Os maridos preferiam classificar aquele ti-ti-ti como mexerico.Discordo. Destas reminiscências infantis veio a minha total e irrestrita Paixão pelas mulheres.

Constatem, é fácil. Enquanto o homem vem ao mundo completamente cru, as mulheres já chegam com quase metade da lição estudada.Qualquer menina de 2 ou 3 anos já tem preocupações de ordem prática. Ela brinca às casinhas e aprende a pôr um pouco de ordem nas coisas.

Ela pede uma bonequinha a quem chama filha e da qual cuida, instintivamente, como qualquer mãe veterana. Ela fala em namoro mesmo sem ter uma ideia muito clara do que vem a ser isso.

Noutras palavras, ela já nasce a saber. E o que não sabe, intui.Já com os homens a historia é outra.Você já viu um menino dessa idade a brincar aos diretores?

Já ouviu falar de algum garoto fingindo ir ao banco pagar as contas?

Porque o homem nasce, vive e morre uma existência infanto juvenil. O que varia ao longo da vida é o preço dos brinquedos. Aí reside a maior diferença. O que para as meninas é treino para a vida, para os meninos é fantasia e competição. Então a fuga acompanha-os o resto da vida, e não percebem quanto tempo eles perdem com seus medos. Falo sem o menor pudor. Sou assim.

Todos os homens são assim.Em relação ao relacionamento homem/mulher, sempre me considerei um privilegiado. Sempre consegui ver a beleza física feminina mesmo onde, segundo os critérios estéticos vigentes, ela inexistia.

Porque todas as mulheres são lindas. Se não no todo, pelo menos em algum detalhe. É só saber olhar. Todas têm a sua graça.

E embora contaminado pela irreversível herança genética que me faz idolatrar os ícones da futilidade, sempre me apaixonei perdidamente por todas as incautas que se aproximaram de mim.

Incautas não por serem ingénuas, mas por acreditarem. Porque todas as mulheres acreditam firmemente na possibilidade do homem ideal. E esse é o seu único defeito."

(Texto de Sérgio Gonçalves, redactor da Loducca, publicado no jornal da agência.)

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 23:08
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As pessoas afivelam uma máscara, e ao cabo de alguns anos
acreditam piamente que é ela o seu verdadeiro rosto.

E quando a gente lhe arranca,
ficam em carne viva, doridas e desesperadas,
incapazes de compreender que o gesto violento
foi a melhor prova de respeito que poderíamos dar.
(Miguel Torga)

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 22:57
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  Sobre Mim

Navego em um mar de emoções... e vou deixando um rascunho enquanto viva... Passar a limpo? Nem pensar... Agradeço tua visita. Paz profunda!

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  Tempo que Foge

"Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não vou mais a workshops onde se ensina como converter milhões usando uma fórmula de poucos pontos. Não quero que me convidem para eventos de um fim-de-semana com a proposta de abalar o milênio.

Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos parlamentares e regimentos internos. Não gosto de assembléias ordinárias em que as organizações procuram se proteger e perpetuar através de infindáveis detalhes organizacionais.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de “confrontação”, onde “tiramos fatos à limpo”. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário do coral.

Já não tenho tempo para debater vírgulas, detalhes gramaticais sutis, ou sobre as diferentes traduções da Bíblia. Não quero ficar explicando porque gosto da Nova Versão Internacional das Escrituras, só porque há um grupo que a considera herética. Minha resposta será curta e delicada: - Gosto, e ponto final! Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: “As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos”. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos.

Já não tenho tempo para ficar dando explicação aos medianos se estou ou não perdendo a fé, porque admiro a poesia do Chico Buarque e do Vinicius de Moraes; a voz da Maria Bethânia; os livros de Machado de Assis, Thomas Mann, Ernest Hemingway e José Lins do Rego.

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita para a “última hora”; não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja andar humildemente com Deus. Caminhar perto dessas pessoas nunca será perda de tempo."
Texto de Ricardo Gondim

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