Rascunhos em Vida: junho 2010

 

segunda-feira, 28 de junho de 2010

"Há dois modos de espalhar Luz. Ser o candelabro ou o espelho que o reflete."
(Edith Wharton)

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 19:49
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http://www.youtube.com:80/watch?v=c0LW62roCl8


Senhas
Composição: Adriana Calcanhoto


Eu não gosto do bom gosto

Eu não gosto de bom senso

Eu não gosto dos bons modos

Não gosto (2x)


Eu aguento até rigores

Eu não tenho pena dos traídos

Eu hospedo infratores e banidos

Eu respeito conveniências

Eu não ligo pra conchavos

Eu suporto aparências

Eu não gosto de maus tratos
Mas o que eu não gosto é do bom gosto

Eu não gosto de bom senso

Eu não gosto dos bons modos

Não gosto
Eu aguento até os modernos

E seus segundos cadernos

Eu aguento até os caretas

E suas verdades perfeitas
O que eu não gosto é do bom gosto

Eu não gosto de bom senso

Eu não gosto dos bons modos

Não gosto
Eu aguento até os estetas

Eu não julgo competência

Eu não ligo pra etiqueta

Eu aplaudo rebeldias

Eu respeito tiranias

E compreendo piedades

Eu não condeno mentiras

Eu não condeno vaidades
O que eu não gosto é do bom gosto

Eu não gosto de bom senso

Não, não gosto dos bons modos

Não gosto
Eu gosto dos que têm fome

Dos que morrem de vontade

Dos que secam de desejo

Dos que ardem (2x)
Eu gosto dos que têm fome

E morrem de vontade

Dos que secam de desejo

Dos que ardem (5x)

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 14:49
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Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio...

Mário Quintana

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 14:32
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segunda-feira, 21 de junho de 2010

O tempo está fresco e por vezes cinzento, é o Inverno. Por esta altura a natureza muda de figura.

Das quatro estações, talvez o Inverno seja a mais cantada e falada em versos e prosas... Há algo de romântico, solto no ar... Não é por um acaso que se comemora o Dia dos Namorados no mês de junho... Com dias mais curtos, noites mais longas, o inverno por ser a estação mais fria do ano, faz com que nesse período a natureza revista-se de um novo cenário.

Um cenário próprio para a semeadura. E ali, procuraremos, como semeadores das palavras que somos, escolher os melhores grãos para serem cultivados por almas, por corações sedentos por uma palavra de conforto, de amor.

É a época de pensar em nossos objetivos para o novo ciclo a ser apresentado, conforme a experiência adquirida.Um cenário completamente mágico, como um convite para sonhar, para vivenciar o amor em toda sua plenitude.

Com luzes nos mais variados tons produzidas pelo Sol, em nuances especiais, ele é criado para estimular aos poetas a escrever poesias belíssimas para seus leitores.
Realmente há um quê de encanto e magia com a chegada do frio... E em todo inverno acontece sempre a mesma coisa... Principalmente quando ele resolve aparecer de verdade.
O céu fica mais lindo, mais azul. Porém existe uma neblina fria pela manhã, antes do sol sair, que para muitos poetas significa o mistério. Seus crepúsculos róseos se tornam um convite para construção de rimas, versos livres, liberando emoções.
Ficar quietinhos, bem juntinhos, se possível próximo a uma lareira, é tudo que um casal apaixonado quer... As cidades nas montanhas, nas serras se preparam durante todo ano para a recepção dos casais enamorados.

No inverno, apagamos as luzes, usamos candelabros e namoramos mais... Tudo se torna um convite ao amor...Os pássaros e os insetos estão quietos e as árvores, despem-se de suas folhas que desde o outono principiaram amarelecer e a cair.
O silêncio é um convite à reflexão, na descoberta do por que da vida.No inverno, Deus cobre a Terra de neve (em alguns Países) para proteger e descansar o seu interior. E ela dá um toque especial, convidando a todos os poetas a uma viagem etérea.
Tudo que existe, foi criado e protegido por Deus, para a felicidade da criatura humana.Quando ele chega, é como se o mundo vegetal refletisse a imagem da purificação, mediante a qual Deus remove as imperfeições da vida de seus filhos.
É o momento para avaliarmos os objetivos existentes e atingidos ou não.
De tudo que se foi proposto, certamente haverá metas que não foram alcançadas.

Na verdade não devemos encarar como um fracasso, pois sempre se aprende com a experiência.
Sabemos sim que este é o momento de se investigar quais são as causas que tem nos impedido de alcançarmos o êxito.

E uma vez descobertos os obstáculos que nos impedem, devemos elaborar um plano para superá-los e avançar, desta maneira, até um êxito final.
Quando os raios do sol diminuem sua intensidade ao cair da tarde é o momento de nos prepararmos para mais um dia. É o momento de se ter fé e esperança de que tudo irá melhorar se tivermos uma atitude interior correta, se amarmos e sermos solidários.

E é ai que a poesia entra com sua força total. Como ânimo, como acalanto, como um tônico revigorante nos proporcionando a força, o estopim necessário para reacender os sentimentos adormecidos que se encontram dentro de nós.

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 12:02
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sábado, 19 de junho de 2010

Inconstância
Florbela Espanca

Procurei o amor, que me mentiu.

Pedi à vida mais do que ela dava;
Eterna sonhadora edificava
Meu castelo de luz que me caiu!


Tanto clarão nas trevas refulgiu,
E tanto beijo a boca me queimava!
E era o sol que os longes deslumbrava
Igual a tanto sol que me fugiu!


Passei a vida a amar e a esquecer...
Atrás do sol dum dia outro a aquecer
As brumas dos atalhos por onde ando...


E este amor que assim me vai fugindo
É igual a outro amor que vai surgindo,
Que há-de partir também...
Nem eu sei quando...

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 23:19
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Os limites da percepção
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O que quer que vejamos é limitado, o que quer que sintamos é limitado, todas as percepções são limitadas. Mas se você puder tornar-se cônscio, então o que é limitado desaparece no ilimitado.
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Olhe para o céu. Você irá ver uma parte limitada dele, não porque o céu seja limitado, seus olhos é que são limitados, o foco deles é limitado. Mas se você puder tornar-se cônscio de que essa limitação é devido ao foco, por causa dos olhos, não é o céu que é limitado, desse modo você verá as fronteiras dissolvendo-se no ilimitado.
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Diferentemente a existência é ilimitada, diferentemente tudo está se dissolvendo em outra coisa mais. Tudo está perdendo suas fronteiras, a cada momento ondas estão desaparecendo no oceano – e não há um fim para coisa alguma e não há nenhum começo. Tudo é também tudo o mais.
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Sente-se sob uma árvore e veja, e o que quer que venha para sua visão, basta ir além, veja além e não pare em lugar algum. Apenas descubra onde essa árvore está se dissolvendo. Essa árvore, essa pequena árvore bem no seu jardim, toda a existência está nela. Ela está se dissolvendo a cada momento.
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Para onde você olhar, olhe para o além e não pare em lugar nenhum. Continue indo e indo e indo até perder a sua mente, até você perder todos os seus padrões limitados. Subitamente você estará iluminado.
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Toda a existência é uma. Essa unicidade é a meta. E, de repente, a mente fica cansada do padrão, da limitação, da fronteira – e enquanto você insiste em ir além, enquanto você continua puxando-a além e além, a mente desliza, de repente abandona, e você olha para a existência como uma vasta unicidade, tudo se dissolvendo um no outro, tudo mudando no outro.
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Sente-se por uma hora e trabalhe nisso. Não crie qualquer limitação em lugar algum. Seja qual for a limitação apenas tente encontrar o além, e mova-se e continue movendo-se.
(Osho)

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 22:48
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domingo, 13 de junho de 2010

"Quero apenas cinco coisas..
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar é o verão
A quinta coisa são os teus olhos
Não quero dormir sem os teus olhos.
Não quero ser, sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que me continues olhando."
Pablo Neruda

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 14:54
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"Nem ao golpe do chicote, nem a voz do insulto, nem ao rumor de minhas cadeias aprendi a odiar, deixe-me desprezá-los, já que não posso odiar a ninguém".
(José Martí)

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 14:18
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sábado, 5 de junho de 2010

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 21:55
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"Odeio as almas estreitas, sem bálsamo e sem veneno, feitas sem nada de bondade e sem nada de maldade."
(Friedrich Nietzsche)

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 16:33
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Chega de ficar quebrando a cara
com os velhos erros de sempre.
Quero cometer erros novos,
passar por apertos diferentes,
experimentar situações desconhecidas,
sair da rotina e do lugar comum.

Eu preciso é de ousar, mudar.
Chega de saber a saída e ficar parado na porta,
ensaiando os passos sem nunca entrar na estrada,
esperando que me venha o que mais preciso encontrar.

Se eu tiver que sofrer,
será por sofrimentos reais,
nunca mais por males imaginários,
preocupado com as coisas que jamais acontecerão.

Chega de planejar o futuro e tropeçar no presente.
Chega de pensar demais e fazer de menos.
Chega de pensar de um jeito e fazer de outro.
Chega do corpo dizer que sim e a cabeça dizer não.
Chega desses intermináveis conflitos que só me fazem adiar
para nunca a minha decisão.

Eu preciso, tenho o direito, e vou viver!

(Geraldo Eustáquio de Souza)

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 16:16
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quarta-feira, 2 de junho de 2010

Continuo achando graça nas coisas, gostando cada vez mais das pessoas, curiosa sobre tudo, imune ao vinagre, às amarguras, aos rancores.

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 17:33
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  Sobre Mim

Navego em um mar de emoções... e vou deixando um rascunho enquanto viva... Passar a limpo? Nem pensar... Agradeço tua visita. Paz profunda!

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  Tempo que Foge

"Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não vou mais a workshops onde se ensina como converter milhões usando uma fórmula de poucos pontos. Não quero que me convidem para eventos de um fim-de-semana com a proposta de abalar o milênio.

Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos parlamentares e regimentos internos. Não gosto de assembléias ordinárias em que as organizações procuram se proteger e perpetuar através de infindáveis detalhes organizacionais.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de “confrontação”, onde “tiramos fatos à limpo”. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário do coral.

Já não tenho tempo para debater vírgulas, detalhes gramaticais sutis, ou sobre as diferentes traduções da Bíblia. Não quero ficar explicando porque gosto da Nova Versão Internacional das Escrituras, só porque há um grupo que a considera herética. Minha resposta será curta e delicada: - Gosto, e ponto final! Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: “As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos”. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos.

Já não tenho tempo para ficar dando explicação aos medianos se estou ou não perdendo a fé, porque admiro a poesia do Chico Buarque e do Vinicius de Moraes; a voz da Maria Bethânia; os livros de Machado de Assis, Thomas Mann, Ernest Hemingway e José Lins do Rego.

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita para a “última hora”; não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja andar humildemente com Deus. Caminhar perto dessas pessoas nunca será perda de tempo."
Texto de Ricardo Gondim

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