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terça-feira, 20 de dezembro de 2011 No dia 21 de dezembro de 1980:A alma imortal de Nelson Rodrigues "A única coisa que me mantém de pé é a certezada alma imortal. Eu me recusoa reduzir o ser humano à melancoliado cachorro atropelado. Que pulhas seríamos se morrêssemos com a morte!" **************************** Nelson Rodrigues acreditava na posteridade. E sempre desejou por ela ser avaliado. Não apenas como autor literário, mas sobretudo como personagem, já que nele o personagem freqüentemente sobrepujava o homem que viveu debruçado sobre a máquina de escrever. Vítima de insuficiência vascular cerebral, após sete paradas cardíacas e do implante de um marca-passo, saiu de cena com a vontade atendida. Admirado, temido, respeitado, aplaudido e vaiado, é um dos mais discutidos intelectuais de sua geração. Sempre polêmico, tinha consciência de suas contradições, e acreditava que na posteridade seria lembrado por elas. Contradição, por exemplo, de ser moralista e provocar escândalos com sua aparente amoralidade. Ou de ser um puro que se encantava com o pecado. Pernambucano de Recife, nasceu em 1912 numa família de muitos irmãos, onde todos, ou quase todos, tinham inclinação pela arte de escrever. Dono de grande capacidade de memorização, foi na reunião dessas habilidades que construiu sua obra literária, onde mostra uma fixação, partilhada com os seus personagens, por valores e costumes arcaicos. As inspirações no mundo particular. Os conflitos vividos ou presenciados na experiência pessoal de Nelson Rodrigues constituíam a inspiração para suas histórias, que retratam pequenos acontecimentos cotidianos sob uma ótica irônica e satírica, no contexto de uma sociedade suburbana, endógena e estagnada, oposta às transformações que movia o mundo ao redor. Expôs mazelas e vilanias escondidas na maioria das pessoas. Fez comédia desses dramas, revelando o demônio escondido que cada um procura ocultar até de si próprio, em nome da aparência convencionada pelos padrões estabelecidos. Seu pessimismo diante da vida e da alma humana, presença marcante em sua obra, era herança de suas próprias experiências. Perdeu um irmão assassinado, outro em um desabamento de um prédio e um outro de tuberculose. Teve uma filha cega, surda e muda. E viu o filho mais velho, Nelsinho, ser perseguido e preso durante a Ditadura de 1964. Nelson Rodrigues começou os estudos aos sete anos, em 1919, na escola pública Prudente de Morais. Tinha a leitura como principal passatempo. Também vem desde esse período a paixão pelo Fluminense. Em 1922, a família melhorou de situação financeira e mudou-se para o bairro da Tijuca. Em 1926, Nelson foi expulso do Colégio Batista por "rebeldia". Começou no batente jornalístico, aos 13 anos e meio, no jornal "A Manhã", fundado pelo pai. Tinha uma capacidade impressionante de dramatizar pequenos acontecimentos policiais. Mas a pior cena de violência foi presenciada aos 17 anos: viu um de seus irmãos, Roberto, um tiro em plena redação e morrer.A tragédia abalou toda a família. Menos de três meses depois, o pai morreu de derrame cerebral. Em dificuldade financeira, eles perdem o jornal. Nelson e os irmãos foram, então, trabalhar em outros periódicos. Em 1934, pegou tuberculose. Foi para Campos do Jordão se tratar. Dois anos depois, perdeu mais um irmão, Joffre, de 21 anos, vítima da doença que Nelson acreditava ter sido o transmissor.Como jornalista, também trabalhou como cronista esportivo. Autor de frases do tipo "Nem toda mulher gosta de apanhar, só as normais", era considerado um machista-reacionário. Escreveu 17 peças de teatro, nove romances e centenas de contos. Morreu na manhã do dia 21 de dezembro de 1980, aos 68 anos, no Rio de Janeiro. Nesse mesmo dia, havia acertado os 13 pontos na Loteria Esportiva, num bolão com os colegas de "O Globo". Fonte: Jornal do Brasil Rascunhado por Rascunhos em Vida às 23:16 0 Comentários
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Navego em um mar de emoções... e vou deixando um rascunho enquanto viva... Passar a limpo? Nem pensar... Agradeço tua visita. Paz profunda!
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Tempo que Foge "Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora.
Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas.
As primeiras, ele chupou displicente,
mas percebendo que faltam poucas,
rói o caroço. Links Amigos
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