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domingo, 31 de janeiro de 2010 .
Aflição de ser eu e não ser outra. Aflição de não ser, amor, aquela Que muitas filhas te deu, casou donzela .E à noite se prepara e se adivinha Objeto de amor, atenta e bela. Aflição de não ser a grande ilha .Que te retém e não te desespera. (A noite como fera se avizinha.) Aflição de ser água em meio à terra .E ter a face conturbada e móvel. E a um só tempo múltipla e imóvel Não saber se se ausenta ou se te espera. .Aflição de te amar, se te comove. E sendo água, amor, querer ser terra. *********************** Hilda Hilst in Roteiro do Silêncio(1959) Sonetos que não são - I Rascunhado por Rascunhos em Vida às 15:39 0 Comentários
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Sobre Mim
Navego em um mar de emoções... e vou deixando um rascunho enquanto viva... Passar a limpo? Nem pensar... Agradeço tua visita. Paz profunda!
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Tempo que Foge "Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora.
Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas.
As primeiras, ele chupou displicente,
mas percebendo que faltam poucas,
rói o caroço. Links Amigos
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