Dizem que Dona Felicidade mora longe dos sonhadores, mas não é verdade não!
Dona Felicidade mora sempre onde colocamos os nossos sonhos.
Uns, colocam seus sonhos em lugares muito altos,imaginam que ser feliz é possuir tudo, outros, já calejados pela vida e pelas lutas do dia a dia, aprenderam a colocar seus sonhos em lugares próximos, buscando realizar apenas um sonho de cada vez.
Dona Felicidade, ao contrário do que dizem as más línguas, não é exigente, não é "madame esnobe" que se esconde do povo,pelo contrário,
Dona Felicidade é simples e muito humilde, é tão simples e tão humilde que as vezes está bem na nossa cara e não a enxergamos.
Quantas pessoas passam uma vida inteira procurando por ela e ela está bem na frente de seus narizes.Mas, tem uma coisa, Dona Felicidade exige que cada pessoa que deseja realmente encontrá-la,vá pessoalmente procurá-la.Ai daqueles que entregam a sua felicidade na mão dos outros, ai daqueles que esperam que outras pessoas venham trazer a felicidade para suas vidas.Pobre daqueles que investem as suas vidas em tentar mudar alguém, em consertar uma pessoa, em julgar outras...
Dona Felicidade está sentada a sua frente, está pertinho de você, basta enxergar a vida com a lente da simplicidade, dar o primeiro sorriso(afinal Dona Felicidade é muito alegre), dar o primeiro passo para se libertar de qualquer tipo de escravidão(Dona Felicidade é a própria liberdade),parar de ser a vítima infeliz(Dona Felicidade não acredita em vítimas, acredita em ação e reação). Por fim, Dona Felicidade manda um recado para você que por qualquer motivo esteja sofrendo,esteja triste, desanimado da vida: "o tempo é o melhor remédio e o melhor conselheiro" para qualquer situação, não julgue,deixe o tempo trazer a resposta.
Enquanto isso, lute pela sua felicidade,lembre-se que você é a parte mais importante de sua vida e muito importante para a própria vida. Seja feliz
"Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora.
Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas.
As primeiras, ele chupou displicente,
mas percebendo que faltam poucas,
rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Não tolero gabolices.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram,
cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.
Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo.
Não vou mais a workshops onde se ensina como converter milhões usando uma fórmula de poucos pontos.
Não quero que me convidem para eventos de um fim-de-semana com a proposta de abalar o milênio.
Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos,
normas, procedimentos parlamentares e regimentos internos.
Não gosto de assembléias ordinárias em que as organizações procuram se proteger
e perpetuar através de infindáveis detalhes organizacionais.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas,
que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de “confrontação”,
onde “tiramos fatos à limpo”.
Detesto fazer acareação de desafetos que
brigaram pelo majestoso cargo de secretário do coral.
Já não tenho tempo para debater vírgulas,
detalhes gramaticais sutis,
ou sobre as diferentes traduções da Bíblia.
Não quero ficar explicando porque gosto da
Nova Versão Internacional das Escrituras,
só porque há um grupo que a considera herética.
Minha resposta será curta e delicada:
- Gosto, e ponto final!
Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou:
“As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos”.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos.
Já não tenho tempo para ficar dando explicação
aos medianos se estou ou não perdendo a fé,
porque admiro a poesia do Chico Buarque e do Vinicius de Moraes;
a voz da Maria Bethânia; os livros de Machado de Assis,
Thomas Mann, Ernest Hemingway e José Lins do Rego.
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente
humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta
com triunfos, não se considera eleita para a “última hora”; não foge
de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja
andar humildemente com Deus. Caminhar perto dessas pessoas nunca
será perda de tempo." Texto de Ricardo Gondim