Rascunhos em Vida: março 2011

 

domingo, 27 de março de 2011

Que ninguém durma,
enquanto ela correr descalça pela floresta sob a luz da Lua
roçando a pele nos troncos das árvores,
prendendo os cabelos nos galhos secos
.
Que ninguém durma,
enquanto eu escrever o que sinto por ela
como se pudesse através das palavras
expressar os sentimentos mais profundos do meu coração
.
Que ninguém durma,
quando ela gritar o seu desejo preso no peito,
arranhando as coxas montando em tronco
se deixando seu sangue banhar a terra.
.
Que ninguém durma,
quando eu abrir as janelas dos meus olhos
e como um homem com o sol brilhando em si
eu possa engravidar de luz a minha amada mulher-lua
.
Que ninguém durma,
quando eu, cometa,
cruzar a sua constelação
fazendo amor com os seu satélite
se alterar pra sempre sua órbita
.
Que ninguém durma,
enquanto ela esfregar os seios nas pedras úmidas
chupar os gomos da fruta rija
engolindo a seiva quente que de dentro jorra.
.
Que ninguém durma,
quando ela rolar nua na grama abraçada a caules
ferindo o ventre e esfolando as mãos
enterrando os dedos na lama macia.
.
Que ninguém durma,
quando eu com as mãos
fingir que os olhos também podem sentir
o meu nome é estrada, o dela é caminho
.
Que ninguém durma,
quando ela explodir de prazer ao nascer do segundo sol
dividindo-se ao meio ao ser penetrada por seus raios
transformando seu corpo em pura energia.
.
Que ninguém durma
nas noites em que sob a luz da Lua
queimamos na espera do primeiro raio Sol.
.
Que nessas noites ninguém durma!
(Andre Luis Aquino)

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 02:03
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Primeiros Erros
Capital Inicial

Composição :

Kiko Zambianchi

Meu caminho é cada manhã

Não procure saber onde estou

Meu destino não é de ninguém

E eu não deixo os meus passos no chão

Se você não entende não vêS

e não me vê não entende

*

Não procure saber onde estou

Se o meu jeito te surpreende

Se o meu corpo virasse sol

Se a minha mente virasse sol

Mas só chove, chove

Chove, chove

Se um dia eu pudesse ver

Meu passado inteiro

E fizesse parar de chover

Nos primeiros erros

Meu corpo viraria sol

Minha mente viraria sol

Mas só chove, chove

Chove, chove (2x)

Meu corpo viraria sol

Minha mente viraria

Mas só chove, chove

Chove, chove

Meu corpo viraria sol

Minha mente viraria sol

Mas só chove, chove

Chove, chove

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 01:48
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sexta-feira, 18 de março de 2011


Rascunhado por Rascunhos em Vida às 15:31
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quinta-feira, 17 de março de 2011

Eu gosto de olhos que sorriem,
de gestos que se desculpam,
de toques que sabem conversar
e de silêncios que se declaram.

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 15:26
0 Comentários

Meditando;
transcendendo;
me elevando acima das coisas mundanas...
e depois tendo uma recaída das "brabas"!

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 15:19
0 Comentários

Não sou boa com números. Com frases-feitas. E com morais de história. Gosto do que me tira o fôlego. Venero o improvável. Almejo o quase impossível. Meu coração é livre, mesmo amando tanto. Tenho um ritmo que me complica. Uma vontade que não passa. Uma palavra que nunca dorme. Quer um bom desafio? Experimente gostar de mim. Não sou fácil. Não coleciono inimigos. Quase nunca estou pra ninguém. Mudo de humor conforme a lua. Me irrito fácil. Me desinteresso à toa. Tenho o desassossego dentro da bolsa. E um par de asas que nunca deixo. Às vezes, quando é tarde da noite, eu viajo. E - sem saber - busco respostas que não encontro aqui. Ontem, eu perdi um sonho. E acordei chorando, logo eu que adoro sorrir... Mas não tem nada, não. Bonito mesmo é essa coisa da vida: um dia, quando menos se espera, a gente se supera. E chega mais perto de ser quem - na verdade - a gente é. "
Fernanda Mello

Rascunhado por Rascunhos em Vida às 15:13
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  Sobre Mim

Navego em um mar de emoções... e vou deixando um rascunho enquanto viva... Passar a limpo? Nem pensar... Agradeço tua visita. Paz profunda!

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  Tempo que Foge

"Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não vou mais a workshops onde se ensina como converter milhões usando uma fórmula de poucos pontos. Não quero que me convidem para eventos de um fim-de-semana com a proposta de abalar o milênio.

Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos parlamentares e regimentos internos. Não gosto de assembléias ordinárias em que as organizações procuram se proteger e perpetuar através de infindáveis detalhes organizacionais.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de “confrontação”, onde “tiramos fatos à limpo”. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário do coral.

Já não tenho tempo para debater vírgulas, detalhes gramaticais sutis, ou sobre as diferentes traduções da Bíblia. Não quero ficar explicando porque gosto da Nova Versão Internacional das Escrituras, só porque há um grupo que a considera herética. Minha resposta será curta e delicada: - Gosto, e ponto final! Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: “As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos”. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos.

Já não tenho tempo para ficar dando explicação aos medianos se estou ou não perdendo a fé, porque admiro a poesia do Chico Buarque e do Vinicius de Moraes; a voz da Maria Bethânia; os livros de Machado de Assis, Thomas Mann, Ernest Hemingway e José Lins do Rego.

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita para a “última hora”; não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja andar humildemente com Deus. Caminhar perto dessas pessoas nunca será perda de tempo."
Texto de Ricardo Gondim

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